Conteúdo
No início Deus criou o técnico de Eletrônica
Que a informática deu saltos gigantescos desde os meados do século passado até agora, não é novidade para ninguém. Hoje temos vários profissionais envolvidos nesta empolgante área, mas lá no início, enquanto a própria informática se enraizava, um profissional assumiu o espaço do suporte técnico. Esse profissional era o técnico de eletrônica. Um mundo se abriu para ele que anteriormente ficava exclusivo para reparo em equipamentos eletrônicos, em especial televisores e aparelhos de som, além do trabalho na indústria. Naquele tempo, a mão de obra escassa e a especialização, restringiram o número de profissionais disponíveis, ou seja, a procura era intensa e as propostas salariais bem convidativas.

Uma trajetória decadente
A medida que os anos passaram, uma enxurrada de cursos duvidosos saturou o mercado com “técnicos” claramente sem preparo para o suporte técnico. É fato que o nosso país tem por tradição não dar valor à mão de obra. Junto a isso, essa leva de técnicos desqualificados acaba por puxar a régua da média salarial para baixo.
Mas o cliente? O que tem a ver com isso?
Nas nossas visitas técnicas a potenciais clientes, numa simples averiguação visual, podemos constatar falhas graves que comprometem não só o rendimento dos equipamentos envolvidos, mas também a segurança. Será que isso é culpa apenas do técnico? Deixamos bem claro que NÃO! Não é preciso ser da área para constatar quando algo está desorganizado ou perigoso. Daí entra o próprio cliente na busca insaciável por economia, solicitando os serviços desse grupo de “técnicos”. Já dizia máxima: Você recebe pelo que paga!

A triste tendência do técnico em Informática
Não desvalorizando outras áreas, como eletricistas, encanadores, etc., que, infelizmente, já experimentaram os estágios de degradação descritos nos itens anteriores. O técnico de informática ou de suporte, como você preferir chamar, só vem nesse mesmo caminho.
Existe solução?
Não temos uma classe forte e unida de trabalhadores, como por exemplo a de médicos. Isso acaba por perder a força e extensão dos direitos. Instituir valores mínimos para a hora trabalhada, custos de viagem, etc. , poderiam incentivar a virada de mesa para valorização do técnico.
Qual a conclusão?
É triste, mas é fato. A área de Técnico de informática NÃO vai te ajudar a obter seus objetivos pessoais. Exceto casos excepcionais, o técnico vai obter no máximo os valores para sobreviver. Aconselhamos áreas mais voltadas exclusivamente à programação e tratamento de dados. Essas, ainda, não seguiram o roteiro do declínio do suporte de Informática.
